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| Beleza et al., 2019 O parasitismo também é outro tema bastante amplo e que iremos tratar pontos específicos em postagens futuras. Essa é uma relação direta e estreita entre dois organismos, no caso um hospedeiro e um parasito, na qual o agente parasitário depende de algum elemento naturalmente produzido pelo indivíduo infectado para manter seu ciclo biológico (LEDERBERG, 1998). A relação de parasitismo (vírus, bactérias, protozoários, fungos, helmintos, ácaros ou insetos) normalmente é conhecida pelos efeitos negativos ocasionado em uma das espécies envolvidas, entretanto, é importante destacar a possibilidade da ocorrência de efeitos benéficos, tais como controle de população de hospedeiros que competem por recursos finitos em uma determinada área e modulação da resposta imunológica do hospedeiro, tornando-o resistentes a outros parasitos (FERREIRA, 2015). Muito já se conhece sobre parasitas em animais domésticos, entretanto, em aves de vida livre muito ainda precisa se entender, visto que são importantes do ponto de vista da biodiversidade e conservação (FIGUEIROA et al., 2002). Os parasitas podem afetar as aves direta e indiretamente, servindo como vetores ou hospedeiros intermediários de outros parasitas, como bactérias e fungos (PRICE et al., 2003). Nas aves domésticas, a densidade de aves associada a falhas de manejo, pode favorecer a transmissão de parasitas. Em aves de vida livre essa possibilidade também ocorre. Em certas ocasiões, um confinamento natural facilita a transmissão de parasitas, como p. ex., no adensamento de um passeriforme do Norte da América (Haemorhous mexicanus) numa área restrita no inverno durante a migração (REED et al., 2003). Nessa
postagem veremos alguns dos endoparasitas detectados em aves silvestres em vida
livre ou cativeiro. Trichomonas gallinae, Trichostrongylus tenuis, Ascaridia columbae,
A. sprenti, A. dissimilis, Heterakis gallinarum, Capillaria sp., Eimeria
dispersa e Raillietina spp. foram diagnosticadas em pombos, papagaios e perus silvestres
(MINOS, 1979;
PANIGRAHY et al.,1989; HOPKINS et al.,1990;
MOSS et al.,1993). No
Brasil, pesquisas em Galliformes, Ciconiiformes, Gruiformes, Columbiformes,
Psittaciformes, Cuculiformes, Piciformes e Passeriformes relataram: Capillaria
sp., Giardia sp., Dispharynx sp., Strongyloides sp., Tetrameres sp., Balantidium
coli, Eimeria curvata, Entamoeba coli e E. histolytica (ILVA; LEITE,
1996; CARBONERA et al., 1997;ADRIANOet al., 2000;FREITAS,
2002a; BARTMANN; AMATO,
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